terça-feira, 19 de março de 2013

Anjos

Traços de luz aparecem!
Anjos lutam para decidir:
sou eu ou eles que lutará com a morte?

"É necessário seguir.
Ser tudo aquilo que não és."

Viver na dor e cercado de miséria.
Queimando vivo em pleno deserto.
Luz, aqui, é de Sol onipresente!
O verdadeiro Deus é fogo longínquo,
que não podemos encarar.

Homens de olhos tortos
fogem de Horizonte.
São pinceladas rápidas,
cobre e pouca luz.
Apenas no reflexo do espelho,
onde qualquer um fica nu,
o rosto é luz.

Os anjos, que aqui são laranjas-marrons,
lutam para decidir.

Descobrindo os pequenos pontos,
a diferença de planos na tela,
a silhueta do cor nu,
a pose paga,
o erotismo do olhar de raiva.

1
Sempre buscarei a primavera naquela curva.
Que embaixo das nuvens,
onde todo canto é triste,
suicidam-se homens perdidos de amor.

2
Sempre tentarei retornar a esse clarão primeiro.
Desse impressionismo sobre nada.

3
Nunca serei. Nunca serei em Lugar Nenhum.
Sempre buscarei o Estar.
Desse pós-des-fragmento.
Sobrará os nossos excrementos.

4
Fazer o trajeto o refazendo e destruindo.
Afasia. Disritmia. Madrugada.
Como forma de dizer A-deus.

Os anjos se beijam.
Mijam como higienização:
"Limpa a uretra!"

É inventando que me torno algo
que refaz os anjos.

É pela morte!