sábado, 3 de março de 2012

A Lua surge como que rainha da noite. Olhos descuidados a invejam pela beleza. Mal sabem! Sua maldição cai sobre mim. O que ela me lança são palavras de adeus. Palavras tristes como eu. Pois sou assim: muro-epidérmico feito para ser alvejado por estilhaços de qualquer-coisa-pronta-pra me-matar. É assim. Lágrimas que caem como numa ação extracotidiana. O sal reveste o rosto. Os dedos entre o silêncio da noite. O que deveria ser a libertação ou alívio, se torna algo ácido e intragável. A incompatibilidade com o mundo. Com o eu. O mundo real se torna vivo de novo. A Lua estagna a significação do real: o homem perante o absurdo. Jogado a solidão e chorando como cachorro recém nascido.

A Lua meu amor, lançou sobre nós uma nova etapa. Acredito que seja uma benção, um conforto. Desculpa por não acreditar em deuses. Em ser cético e acreditar que minhas falas e ações são verdadeiras. Mas são!!! Com a pele fria e o coração a mil sinto o leito vazio e calmo. É tristeza. Pelos sonhos tento imaginar que você irá bem. Na realidade irá sim, melhor do que eu... Já morto.

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